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O professor de Economia pede que se escreva um comentário crítico sobre a dualidade brasileira, de Ignácio Rangel, mestre da geografia. 
Eis que o sonhador aluno lhe entrega como trabalho o seguinte texto:


"O sonho do brasileiro é consolidar-se como uma nação viva, fruto do encontro de nações vindas de distantes regiões do globo terrestre. Mas o que resume isto é o fato de uma longa e truculenta batalha pelo poder ter causado mágoas na população, isto é o que se sabe dos antigos e quiçá extintos Barões de Terras aqui do Brasil. 


A perversidade da guerra levou às colônias a escravidão mas também um ar mítico que buscava o Outro Lado, o Azul, o Espiritual, o que está do outro lado da margem, retratado nas escrituras religiosas como o paraíso, guardado nos céus.
E lá se vai o homem para o céu. Sem saber que este paraíso já está dentro dele mesmo. Antes o paraíso ficava em uma Ilha no Meio do Mar, e lá se iam os homens para o meio do mar. Sempre com uma desculpa para dar aos seus financiadores (antes a Mãe Igreja, agora o Rei e futuramente o Irmão).
“Pois que venha o tempo do irmão” – diria o pastor anglicano. Mas os reis ainda permanecem vivos até hoje. Seres associados a luta com dragões.
E o Brasil com seu modo de produção comunal primitivo. Chegaram os portugueses: caos, bala perdida, tempestade. E lá se foi o Paraíso para o céu.
Por isso Herman Hesse profetizou a vinda da Nação Espiritual. Aquela que virá no futuro. O futuro será de uma nação que buscará fazer uma espécie de colonização espacial. Mas para isso uma revelação seria necessária. De onde e quando ela viria?
Mas em tempos de ameaças nucleares, evidente que a liberdade de expressão fica tolhida e não podemos exprimir a verdade sem sofrer com isso o ritual funesto de Nosso Senhor no Calvário. É o que clamam os dissidentes do Império Romano.
“Pois na Inglaterra tu terias voz, my little boy” = diria o pastor anglicano."

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